Esta boca doce que nunca beijei
Que a minha boca que tanto deseja
Nem que a sede, que sinto agora seja
Guarde o calor do beijo que não te dei!
Amo-te... Não te digo; Porém guardo
Necessariamente, em silêncio pleno,
E o brilho do teu olhar vivo e sereno
Esvazia meu infausto pesado fardo.
A minha alma de rudez agoniza
Igualmente ao condenado à morte,
Entregue ao que te resta, a própria sorte!
Esta dor fatal que desarmoniza,
Dizer-te em versos o que não se diz,
Construir palavras de amor que não fiz.
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