setembro 14, 2012

Tenho uma má notícia para você: relacionamento não é só prazer. Não é só festa, viagem, risada, diversão, brinde, sexo, beijo, cumplicidade. Relacionamento tem fase chata, de vez em quando é uma merda, tem briga, discussão, chatices, rotina
, implicâncias, ciúme, bate boca. A gente tem que lidar, conviver e amar uma pessoa que veio de outra família, outro mundo, tem outra criação, outros costumes, outro pensamento, outro jeito de viver, é outro. Você tem que aceitar aquele outro como ele é e isso dá muito trabalho. O amor é lindo, sim, mas ele é a maior recompensa para quem não tem medo de enfrentar os próprios medos (e os medos do outro). Para amar você não pode ter preguiça senão o final nunca vai ser feliz.
Você vai indo, eu vou ficando onde fui deixada por ti. Nem no meio nem no início, mas numa lacuna entre eles. Na guerra por um futuro melhor! Um futuro duplo! Meu e seu! Sonho nosso! Ex-sonho nosso...

Você vai indo- rindo!, com tua liberdade e sagacidade, nenhuma piedade ou preocupação, viver a vida, viver a noite, o mundo, a vibe, a hype, nada light, e um amor de verão.
Eu vou ficando com as lembranças, as músicas, os chocolates, o não. Eu vou ficando no que era nossa cama, tocando aquela nossa música no nosso velho violão. E nessa hora te dedico algo... que é só seu! ... MINHAS LÁGRIMAS!

setembro 02, 2012

Faço diversas listas mentais. Tenho um bloco de notas dentro do cérebro. Por isso, estou tentando colocar em prática novas medidas. Me estressar menos. Me importar com o que merece real importância. Gastar energia no que eu acho que vale a pena. Não dar bola para coisas pequenas. Não deixar energias sujas me atingirem. Tem muita gente com energia ruim que fica tentando sugar nossa paz. Parece simples e básico, mas não é. Procuro lembrar disso diariamente: gasta energia no que realmente vale a pena e merece.

Acho tão bonito casais que duram. Não importa o tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua.

Me doeu de uma forma linda. Acho que o amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o coração fica emocionado. Nos dias de
 hoje, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua.

A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventude, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor.

As pessoas não têm paciência para relacionamentos. Se está ruim elas simplesmente trocam. Não tentam, não se empenham, não lutam para dar certo. Não acho que a gente tem que aceitar tudo que o outro nos dá. Não acho que temos que cruzar os braços para o que está errado. Mas o amor exige uma dose de sacrifício. O amor não é descartável. O amor não pode ser jogado fora. Não dá pra fazer uma lipo no amor. A gente tem é que lutar por ele. Diariamente.
Acredito (e insisto nisso) que a gente sempre deve se colocar no lugar do outro. Ser menos egoísta, mais preocupado com o que o outro está pensando, fazendo, querendo. É evidente que você não vai parar a sua vida por causa da outra pessoa, mas se alguém é importante para você um pouco de cuidado e atenção sempre caem bem.

setembro 01, 2012


O amor tem rotina, tem ronco, tem louça suja, tem conta que vence, tem tapete do banheiro molhado, tem tampa da privada levantada, tem bagunça no meio da sala, tem roupa pra lavar, tem cocô do cachorro pra juntar, tem ciúme, tem briga, tem sujeira, tem toalha molhada na cama, tem comida no forno, tem copo vazio na mesa de centro, tem discussão por besteira, tem calor, tem frio, tem sede, tem fome. 
O amor não tem fórmula, mas eu acho que o amor tem que fazer rir, tem que ter graça. A graça tem que entrar na hora em que as coisas ficam mais pesadas, mais sérias, mais sem saída. É que nem sempre tudo é bom e caminha bem. O amor de vez em quando anda na corda bamba. Ele tropeça, quase cai, mas fica em pé.
Depois que olhei nos olhos do amor vi que ele não dá frio na barriga. Ele te envolve lentamente, te abraça, te conforta, te faz melhor, te faz cúmplice, te ensina que a força vem da simplicidade do gesto e do carinho. O amor é calmo e simples. Não complica. O amor não tem ex, não tem pedra no caminho. Ele flui naturalmente. Como a água.
"O amor precisa tomar sol, arejar, tirar o mofo. Vezenquando precisa ser pintado, polido, tem que passar cera. Dá pra engomar, se bem que odeio coisa engomadinha. O amor amarrota, mas as camisas também - e nem por isso deixamos de usá-las. Ele precisa sentir o vento na cara, por mais forte que seja, mesmo que enrede os cabelos. Ele nem sempre é certo e pode apostar: muitas vezes o amor é labirinto. A gente anda em círculos, se perde, vai pra um lado, outro, cadê, e agora, o que eu faço, me perdi, alguém ajuda. Ninguém ajuda, mas ninguém ama sozinho. E isso eu demorei pra descobrir." 
"Vi que, independente de tudo e acima de qualquer coisa, o amor é um sentimento que vive em mim, que caminha ao meu lado, que me acompanha aonde quer que eu vá. Não posso me perder dele, tampouco abrir os dedos e deixar que ele se vá. É por isso que eu acho que a gente deve cuidar de quem ama como se fossem joias raras." 
''Quando eu penso em você dou um sorriso e preciso dizer, queria muito que você estivesse aqui. Não há um dia sequer que eu não pense em você'' 
"Já ouvi várias vezes ah-como-você-lida-bem-com-as-coisas. Não, não lido. Sou péssima em lidar “com as coisas”. Sou ciumenta com coisas bobas, impulsiva pelo menos uma vez por dia, leio bula de remédio e depois acho que tenho aquele bando d
e sintomas, meu dedão do pé não é bonito, quero tudo do meu jeito e minha cabeça é muito, muito dura. Não sou uma musa, uma diva, uma entidade, uma mestra. Sou uma pessoa. E de vez em quando sou uma pessoa péssima. Péssima mesmo. De vez em quando morro de vergonha de mim. E se eu fosse você morreria de vergonha de mim também. Amo muito, tudo é muito, tudo é exagero, tudo é demais."
"Tudo que me desejar de negativo, baterá no peito e voltará pra você em forma de amor e paz."
Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem ad
ormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é escrever para não pensar.
Você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúmes, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. O amor é uma tentativa eterna.

Simples e lindos!